Viver é muito perigoso...
Riobaldo em Grande sertão: Veredas, de Guimarães
Rosa
Sou minúsculo grão de poeira,
criança perdida em meio ao caos
da galáxia de pessoas vivas-mortas,
de estrelas sem brilhos e brios,
perdidas na via-terráquea
em eterna andança
sem valor e errática.
Sou um universo
e sou nada,
não sei nada,
penso e existo
sem existir.
Sou um pó de areia
no deserto de almas
andantes e vorazes,
na multidão
de pseudo-estrelas.
Observo a tragicidade
da cidade
sem reação,
apenas a sentir
e a poematizar,
mas pensando em fugir,
em viajar
pelo fugidio tornado
de minha imaginação.
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